Alimentação de 0 aos 2


O seu crescimento




- O seu crescimento
 

Seu Peso ao Nascer

Você escutou com entusiasmo na sala parto, você já perdeu a conta de quantas vezes parentes e amigos fazem a mesma pergunta; depois do sexo do bebê, o peso é a segunda informação que todos querem saber. 

Porque é tão importante?

Porque representa o coeficiente de saúde de seu filho, e confirma se os nove meses de vida intra-uterina correram sem problemas. É claro que hoje em dia, os controles ecográficos feitos durante a gravidez permitem observar o crescimento do bebê, de verificar se seu desenvolvimento é normal e constante, e de arriscar uma previsão de qual será sua constituição final.
Todavia, a confirmação definitiva será feita no momento do nascimento, quando o bebê subirá na balança pela primeira vez. E é justamente este peso que marcará o início de seu novo crescimento. Um crescimento que, em parte, está já escrito no código genético que ele herdou de seus pais. O peso, a altura, assim como a cor dos olhos e dos cabelos são características herdadas, por isso seja a mãe como o pai tem as mesmas probabilidades de influenciar a constituição física de seu bebê.

O peso médio: existem dados estatísticos que criaram os parâmetros de base que estipularam que o peso médio de um bebê ao nascer é de cerca 3 quilos e 300 gramas. Mas atenção: as variáveis são muitas, a começar, por exemplo, pelo sexo (os meninos pesam em média 150-200 gramas a mais que as meninas). Na realidade, é considerado normal e saudável seja o bebê que ao nascer pesa 2 quilos e 500 gramas, como aquele que pesa 4 quilos.

Uma perda de peso natural: qualquer que seja o peso de seu bebê ao nascer, nos primeiros dias de vida ele perderá peso, e isso é absolutamente natural, pois é o efeito à adaptação a uma nova vida. No momento em que ele deixa o confortável ambiente aquático do utero, o bebê se vê em um mundo feito de ar, e juntamente com a expulsão das primeiras fezes, ele passa por uma modificação do equilíbrio hídrico de seu organismo. Além do fato de que nos primeiros dias de vida, os recém nascidos comem menos, como se estivessem esperando pela produção do leite materno. Assim, inevitavelmente ele perderá peso, em média 6 a 10% de seu peso inicial.


- O Seu Peso dos 0 aos 2 Anos

Estudos e pesquisas realizados com crianças, estipularam um parâmetro de acompanhamento do peso do nascimento até o segundo ano de vida. Estes valores representam um aumento médio, portanto lembre-se que cada bebê tem um ritmo de crescimento próprio.

Os primeiros três meses: no primeiro trimestre de vida, um recém nascido aumenta, em média, 175 a 210 gramas por semana. Na prática, ao final do primeiro trimestre, ele pesa 2,5 quilos a mais do peso ao nascer.

Dos três aos seis meses: o aumento semanal é de mais ou menos 140 a 175 gramas, e já no fim do 5° mês o bebê duplicou o seu peso ao nascer.

Dos seis meses a um ano: a partir de agora, a progressão do aumento de peso fica mais lenta, porém sempre regular: seu bebê aumentará em média 105 a 140 gramas por semana, e quando completará seu primeiro aniversário, ele pesará entre 9 a 12 quilos (três vezes a mais do peso que nasceu).

De um a dois anos: de agora em diante, o aumento de peso se torna mais lento e regular, marcando em média de 2 a 2,5 quilos ao ano.


- A Sua Altura dos 0 aos 2 Anos

Também a altura de seu bebê aumentará com um ritmo todo pessoal. Existem bebês que aumentam centímetro por centímetro na maoir regularidade, e outros que aumentam dando saltos em vários centímetros de cada vez.

Do nascimento ao primeiro ano: um bebê ao nascer mede ao nascer, em média, 50 centímetros. Durante os primeiros doze meses de vida, o bebê tem um ritmo de crescimento muito variável: ele pode aumentar 10 cm em dois meses e depois somente a metade nos meses sucessivos. Quando ele completar o primeiro ano de vida, medirá em média 25 centímetros a mais de quando nasceu.

De um a dois anos: no segundo ano, o crescimento em altura segue um ritmo mais constante, aumentando aproximadamente 1 cm ao mês, e sendo assim, ao completar dois anos o aumento total será de 12 cms. Agora que ele já está em pé, procure aqueles metros coloridos de colocar na parede, e divirta-se a marcar mês-a-mês o crescimento de seu filho.


- Qual Será a sua Altura Quando Crescer?

É uma curiosidade muito natural de todos os pais, em saber quão alto será o seu filho quando crescer. Existe uma fórmula muito simples e que pode chegar bem próxima da altura futura de seu filho. Ela se baseia na estatura dos pais, e na diferença entre a altura adulta média de homens e mulheres, que é de mais ou menos 13 centímetros.
Como fazer:

1) Para os meninos: Some a altura do pai e da mãe, adicione 13 centímetros, e divida por dois. Ao resultado obtido, some e subtraia 8 cm, assim você tem a faixa de altura máxima e mínima na qual estará seu filho. Por exemplo: se o papai mede 180 cm e a mamãe mede 165 cm, o cálculo será o seguinte:
180 + 165 = 345 + 13 = 358 : 2 = 179 (+8 e -8) = 171 cm a 187 cm

2) Para as meninas: Some a altura do pai e da mãe, subtraia 13 centímetros, e divida por dois. Ao resultado obtido, some e subtraia 8 cm, assim você tem a faixa de altura máxima e mínima na qual estará sua filha. Por exemplo: se o papai mede 180 cm e a mamãe mede 165 cm, o cálculo será o seguinte:
180 + 165 = 345 - 13 = 332 : 2 = 166 (+8 e -8) = 158 cm a 174 cm


- Como se Controla o Crescimento

Cada criança crescerá em peso e altura seguindo uma determinada curva de desenvolvimento, que constam de tabelas fornecidas normalmente pelo pediatra de seu bebê. Estas tabelas acompanham, mês a mês, a altura, o peso e a circunferência do crânio, especificadas para meninos e meninas. Isso nos permite acompanhar o ritmo de crescimento e se o desenvolvimento de seu filho é constante.



_________________________________________________________________


O primeiro nutrimento




- O primeiro nutrimento 

A Amamentação ao Seio 

Dia após dia, durante nove meses, o corpo materno construiu milhares e milhares de células para dar forma e vida a um bebê. Uma tarefa complicada e que não termina com o nascimento. De agora em diante, e durante muitos anos, o crescimento e o bem estar de seu filho dependem de você. Uma responsabilidade que os pais nos dias atuais podem enfrentar com muito mais serenidade e segurança, graças aos contínuos progressos da medicina, da psicologia e da ciência da nutrição. 

Como podemos cuidar para que nosso bebê cresça forte e em boa saúde, longe de doenças e outros distúrbios? 

A melhor resposta está em uma alimentação correta desde os primeiros dias de vida. É dos alimentos que o seu bebê pode receber todas as "matérias primas" que constroem as bases de um organismo saudável. Durante a gravidez, você certamente já aplicou este princípio optando por uma alimentação rica em sais minerais e vitaminas, evitando comer comidas gordurosas e açucares, dosando atentamente as proteínas e carboidratos. Agora, não resta que continuar. E mais uma vez, a natureza vem nos ajudar, oferecendo o alimento mais simples e perfeito de iniciar o nutrimento de seu bebê: o seu leite. 

Pediatras e nutricionistas são unânimes: não existe alimento melhor para um recém nascido que o leite materno. Não só porque contém todas as substâncias essênciais que garantem o seu crescimento como também garante importantes fatores protetivos que influenciam positivamente na saúde futura de seu filho. 

Suas várias composições: o leite materno é um alimento biologicamente apto para o ser humano. Está sempre pronto, sempre fresco, sempre quente. Mas não tem sempre a mesma composição. Para melhor se adaptar às necessidades de crescimento de um recém nascido, ele modifica a sua "fórmula" com o passar do tempo, o que o torna um alimento único e inigualável.

Nos primeiros dias de vida, antes da chegada do leite definitivo, o seu bebê se alimentará de colostro, um leite denso e amarelado, chamado de "primeiro leite". É um leite repleto de substâncias nutritivas, rico em proteinas e sais minerais, importante para os primeiros dias de vida, quando o bebê deve se adaptar ao novo mundo externo e precisa compensar a perda de peso (lembra?) para iniciar bem o seu crescimento. E além disso, o colostro vai fornecer ao seu bebê determinados anticorpos que são substâncias de defesa para protegê-lo da possível agressão de germes e virus.

Próximo ao terceiro ou quarto dia, o colostro modifica seu aspecto tornando-se mais claro e cremoso. É o leite de transição que serve para ir acostumando o bebê ao leite definitivo que virá a seguir. Aos poucos, diminuem as proteinas e aumenta o conteúdo de açucares, indispensável para o crescimento dos tecidos cerebrais, e de gordura que se transformam em energia.

Ao completar 10 dias, o seio materno produzirá finalmente o "leite perfeito", mais flúido e de sapor doce. Como tem um aspecto mais aguado, muitas mães podem pensar que o seu leite ficou "pobre", mas fique tranquila, seu leite oferece ao seu filho tudo o que ele precisa e da forma mais equilibrada possível. 


As Substâncias Nutritivas do Leite Materno 

Estudando a composição do leite materno, verificamos que ele é uma importante fonte de água, que constitue 87% de seu total, o que garante o equilíbrio hídrico do organismo do bebê. Em segundo lugar, o leite materno é uma excelente fonte de energia, fornecendo em média 700 calorias por litro.

Outras substâncias nutritivas compõem o leite materno, como as proteinas (que são consideradas os "tijolos" usados pelo organismo no crescimento de céluclas e tecidos); os açucares (principalmente a lactose, responsável pelo desenvolvimento do cérebro humano, pela proteção contra germes e vírus, e pela absorção do cálcio fundamental para o crescimento ósseo da criança); as gorduras (que servem para o desenvolvimento das células do sistema nervoso); e as vitaminas e sais minerais (o leite materno apresenta uma quantidade suficiente de vitamina C, D e E, além de cálcio, fósforo e um pouco de ferro). 

As Vantagens para a Saúde 

O leite materno é uma formidável fonte de defesa, fornecendo ao recém nascido um grande número de anticorpos, verdadeiros "guerreiros" prontos a defender o organismo do ataque de virus e bactérias. Em particular, as imunoglobulinas IgA, que protejem o aparelho intestinal e respiratório, os orgãos mais vulneráveis neste período, promovendo assim uma ação anti-alérgica. No leite, passam também os anticorpos que o organismo materno fabricou de acordo com as vacinações recebidas ou com as infecções espontâneas que a mãe superou antes da gravidez. Para reforçar ainda mais o leite materno, temos os glóbulos brancos, que no caso do colostro chega a conter um milhão por mililitro, e também as enzimas que agem indiretamente contra os germes. 

Três regras para mantê-lo puro:

  • Não fumar (a nicotina passa facilmente no leite e age diretamente sobre o bebê deixando-o irritado e insone);
  • Não tomar remédios sem prescrição médica (quase todos os medicamentos passam no leite materno fazendo com que ele absorva a substância);
  • Moderar o uso de bebidas alcólicas (vinho e cerveja podem ser consumidos em pequenas doses, mas lembre-se que o álcool passa no leite e pode causar efeitos negativos no bebê, o mesmo vale para o café).


A Hora das Dúvidas 

96% das mães podem amamentar sem nenhum problema. Porém, o número de mulheres que desistem de amamentar após 4-6 semanas ainda é muito elevado. Isso se deve a dois motivos até certo ponto infundados: o primeiro é a dúvida que toda mãe tem em saber se o próprio leite é suficientemente nutritivo para o bebê.

Este temor é muito normal, e esconde uma ansiedade da mulher pela responsabilidade de ser a única fonte nutritiva do próprio filho. O outro motivo é a preocupação em saber se ele come o necessário, e neste caso a melhor resposta está sob seus próprios olhos: é a cara de satisfação e saciedade de seu bebê... se ele não estivesse bem alimentado, estaria chorando e gritando de modo incontrolável.

Outra dúvida frequente é até quando amamentar, e a resposta é muito simples: o maior tempo possível. Se a produção do leite continuar, não existe razão, a não ser de ordem prática, que a obrigue a parar de amamentar.

A decisão é totalmente livre e pessoal, porém saiba que a partir do 6° mês, sempre sob o acompanhamento do pediatra, seu filho deverá iniciar a integrar a primeira alimentação sólida. 


O Leite Artificial 

Todos são unânimes: o leite materno é o alimento perfeito, o melhor que um recém nascido pode receber. Pode acontecer, todavia, que apesar de toda a boa vontade e repetidas tentativas, a mãe não consiga produzir uma quantidade suficiente de leite.

A vontade de mamar de seu filho será mais frequente, ele poderá diminuir o aumento de peso habitual, e inevitavelmente será necessário substituir o seio pela mamadeira. É normal que a mulher sinta de alguma forma um certo senso de culpa, mas é melhor não dramatizar... este modo alternativo de nutrir seu filho não privará nenhum de vocês do contato pele-pele, nem dos carinhos e atenções. 

Se você iniciar cedo: pode acontecer que após as tentativas iniciais de amamentar, você perceba que tem pouco leite, e dessa forma após poucas semanas será necessário começar a amamentação artificial. Não se preocupe, seu filho se acostumará sem dificuldades com a mamadeira. Se você notar alguma dificuldade, pode ser que o leite não flui muito lentamente e o bebê não consegue encontrar um ritmo regular. Controle o bico da mamadeira para ver se está furado corretamente: vire a mamadeira e verifique se o leite passa gotejando como num conta-gotas. 

Se você iniciar mais tarde: é aconselhável passar à mamadeira de forma gradual, eliminando inicialmente a mamada mais escassa de leite, em geral a noturna. Depois de 2 ou 3 dias, substitua outra, e depois de mais 2 ou 3 dias, substitua uma terceira mamada, e assim por diante. A última mamada a ser substituida é a da manhã, que você poderá manter enquanto durar o leite. 


Que leite usar? Qual leite pode substituir o leite materno? 

Para responder a estas perguntas foram necessários vários anos de pesquisas por parte de estudiosos, nutricionistas e médicos pediatras. O objetivo era um só: encontrar a "fórmula" que mais se aproximasse do leite materno. A solução começou a se delinear na metade dos anos sessenta, mas somente no final dos anos 70 se encontrou a composição que melhor substituia o leite materno: assim nasceu o leite com proteínas adaptadas, com resultados nutricionais extremamente satisfatórios. Será o pediatra de seu filho a indicar o tipo de leite artificial que você deve usar. A escolha dependerá principalmente da fase em que se interromperá a amamentação ao seio. 


Quanto é suficiente para ele comer? 

Seja um bebê amamentado ao seio ou com leite artificial, eles tem uma extraordinária capacidade de se auto-regular de acordo com suas necessidades. Então, respeite o seu apetite e ofereça ao seio ou a mamadeira sempre que ele tiver fome, e deixe que ele mesmo escolherá o quanto quer comer. Os horários e a frequência das mamadas, aos poucos adquirem um ritmo regular, em geral a cada 3 ou 4 horas. 


Regras práticas para a amamentação 

Higiene absoluta é a primeira e mais importante regra que deve ser respeitada. Não respeitar esta regra, pode aumentar o risco de infecções, em algum determinado momento nos primeiros meses de vida, em que o recém nascido é muito mais vulnerável. E como o leite artificial não contém os preciosos anticorpos do leite materno, a defesa é responsabilidade sua... por isso, esterilização é a palavra-chave.



_________________________________________________________________


O início da alimentação




- Novas Necessidades
 

A passagem de uma alimentação exclusivamente láctea a uma dieta mista, nada mais é que a integração ao leite (materno ou atificial) de outros alimentos necessários ao crescimento do seu bebê: carne, verduras, frutas, cereais, etc.

São as novas necessidades nutritivas, que por volta do quarto mês, representam uma etapa bem precisa na evolução física, psicológica e sensorial do bebê. 

Parece inacreditável, mas qualquer bebê consegue reconhecer os quatro sabores básicos: doce, amargo, salgado e ácido. Sabe-se que os bebês têm uma predileção inata pelo sabor doce, e isso se deve ao fato de que nos primeiros meses de vida, o recém nascido se alimentará exclusivamente de um único alimento: o leite.

Materno ou artificial, este primeiro nutrimento é inconfundivelmente doce ao seu paladar. 

A alimentação sólida, é um processo que se inicia por volta do 6° mês, e que continua gradativamente por todo o primeiro ano de vida. Porque se definiu este período para o início da alimentação? Os motivos são muitos e não só por razões nutricionais. A alimentação exclusivamente láctea não é mais suficiente, pois o leite não consegue mais satisfazer todas as exigências nutritivas de seu bebê. Além de uma necessidade calórica maior, ele precisará de novos alimentos mais ricos em proteínas e ferro, por exemplo. 


Estômago e intestino estão mais maduros: 

Prontos para assimilar alimentos que até agora poderiam ser indigestos, e até mesmo provocar distúrbios alimentares e reações alérgicas. O seu bebê agora é capaz de deglutir alimentos sólidos: até este momento, um bebê só consegue chupar, mas agora consegue coordenar os músculos necessários para iniciar a aprender a mastigar e engolir um alimento de consistência diferente. 


Somos o que Comemos 

O início da alimentação sólida é uma nova fase que se abre na evolução alimentar de seu filho: de um lado se abre todo um mundo de novas experiências sensoriais a serem exploradas, e de outro lado, se colocam à disposição uma gama maior de nutrientes que serão indispensáveis para o seu desenvolvimento e bem estar.

Criar corretamente hábitos alimentares saudáveis é o caminho mais fácil para se prevenir na idade adulta certas doenças como a obesidade, o diabete e a hipertensão.

Para que a alimentação seja o alicerce do bem estar de seu filho, o mais importante é conhecer os elementos nutritivos que cada alimento contém. Lembrando que não existe nenhum alimento que sozinho seja capaz de satisfazer todas as necessidades do organismo (mesmo o leite materno, depois de alguns meses se torna insuficiente). 


Como é possível então compor uma dieta equilibrada para um bebê? 

É necessário balancear as refeições de seu bebê com os 5 elementos essencias para manter o bom equilíbrio físico do organismo: As Proteínas e os Aminoácidos

O nosso corpo é um maravilhoso "conjunto" de milhares de células que compõem os orgãos e os tecidos. Para construí-las e renová-las o organismo precisa das proteínas, que podemos comparar aos "tijolos" de um castelo. Elas se encontram principalmente na carne, peixe, ovos e laticínios, que contêm todos os aminoácidos essenciais e por isso dizemos que são proteínas nobres ou de alto valor nutricional.

Os legumes (feijão, ervilhas, lentilhas, etc) também apresentam alguns aminoácidos essencias, mas em menor número. Além de servirem para a construção das células, as proteínas são os principais componentes dos músculos, dos orgãos internos e da pele, servem também para a produção de enzimas e de certos hormônios, e nos processos de coagulação do sangue. 


Os Carboidratos 

O organismo é uma máquina complexa, que realiza mil atividades e que está sempre em movimento, mesmo quando parece em repouso. É necessário energia para manter esta máquina funcionando. E esta é a tarefa dos carboidratos (ou açucares) encontrados principalmente nos cereais, na batata, nos legumes, nas frutas, no leite e também no açucar e no mel.

Os carboidratos são utilizados principalmente para manter o funcionamento do sistema nervoso e para produzir energia para a atividade física.

As Gorduras Outra fonte concentrada de energia, as gorduras são importantes pois interagem na formação das membranas celulares do sistema nervoso central, do cérebro e da retina, mantendo a sua integridade, e também são responsáveis pelo transporte de algumas vitaminas.

É importante lembrar que existem dois tipos de gorduras: saturadas (na maioria das vezes de origem animal) e insaturadas (predominantemente de origem vegetal). Um excesso de gorduras saturadas pode levar seu bebê a aumentar muito de peso até chegar à obesidade e na vida adulta sofrer de diversos problemas de saúde.

As gorduras saturadas provêm principalmente da manteiga, salames, queijos amarelos, etc. e as gorduras insaturadas são encontradas nos óleos vegetais. 


As Vitaminas 

A principal função das vitaminas é a de regular e coordenar a atividade das células, agindo na base dos processos fundamentais do organismo. Como o nosso organismo não consegue fabricá-las por conta própria, é necessário introduzí-las através dos alimentos. São classificadas em dois grandes grupos: as vitaminas solúveis em gordura (A, D, E, K) e as solúveis em água (complexo B, ácido fólico, C, PP,). 

Os Sais Minerais 

Os sais minerais são substâncias que participam principalmente da construção dos ossos e dos dentes (cálcio, fósforo e fluor) e da formação dos glóbulos vermelhos (ferro). São também responsáveis pelo equilíbrio hidro-salino (sódio, potássio e cloro) e certos ciclos metabólicos (magnésio e cromo). Como são eliminados diariamente pelo organismo, através da urina, fezes e suor, é necessário uma constante reposição através dos alimentos. 

Sete Grupos Fáceis de Lembrar  

Os sete grupos
  1. O grupo da carne, do peixe e dos ovos. Reúne todos os alimentos que fornecem proteínas de alto valor biológico, ferro e algumas vitaminas. Princípios essenciais para o crescimento.
  2. O grupo dos laticínios. Leite, iogurte, queijos formam um grupo por si só, porque mais do que qualquer outro alimento, fornecem o cálcio, um mineral importantíssimo para o desenvolvimento ósseo do bebê.
  3. O grupo dos cereais. É formado pelo arroz, macarrão, farinhas (biscoitos e crackers), mas também pelas batatas, pois são ricas em amido. Este é o grupo da energia.
  4. O grupo dos legumes. Lentilhas, feijão, grão de bico, ervilhas, são fontes riquíssimas em ferro.
  5. O grupo das gorduras. Óleo de oliva, de girassol, de soja, e também a manteiga e a margarina são os alimentos que apresentam o mesmo princípio nutritivo, de gorduras saturadas.
  6. O grupo das frutas e vegetais fontes de vitamina A. Os vegetais e frutas de cor amarelo-laranja como cenoura, abóbora, banana, caqui, melão, etc, e aqueles de folhas verde escuras como espinafre, brócolis, almeirão, couve, etc, além de sais minerais e fibras são riquíssimas fontes de vitamina A.
  7. O grupo das frutas e vegetais fontes de vitamina C. A lista compreende: tomates, pimentões, couve-flor, limão, laranja, tangerina, abacaxi, morangos, kiwi, amoras, etc, que são sempre mais eficazes se consumidos cru. Um de Cada Vez,

Todos os Novos Alimentos 

Antes de aceitar os novos alimentos sólidos, seu bebê deverá enfrentar duas grandes renúncias: o abraço carinhoso da mamãe e o leite. Não pense que ele vencerá facilmente esta batalha pela chamada autonomia alimentar: serão necessários meses para que ele conheça todos os novos alimentos. Por isso é indispensável saber escolher aqueles mais indicados, oferecê-los no momento e no modo certo, sem render-se às primeiras "escaramuças".

Será o pediatra quem melhor indicará como e quando iniciar a alimentação e quais os alimentos indicados. Gradualmente e com muita paciência, você deverá dar início à nova alimentação de seu filho.

A primeira refeição de seu filho iniciará por introduzir um alimento de cada um dos seguintes grupos: legumes, verduras, carnes, cereais e frutas. Certamente você iniciará com batatas, cenouras ou mandioquinhas, verduras de folhas escuras como espinafre ou brocolis, carnes de vaca ou frango, tudo cortado em pedacinhos, cozido lentamente com água, e passado na peneira ou no mixer, cozinhando posteriormente com creme de arroz ou aveia.

Depois da sopinha, ofereça a seu filho uma fruta amassada (banana ou mamão) ou raspadinha (maçã ou pera).

A segunda refeição de seu filho acontece provavelmente um mês depois que seu bebê provou a sua primeira sopinha. Uma coisa é certa: o impacto com esta segunda refeição será muito menos problemático. O bebê agora já está acostumado a novos sabores e às consistências mais cremosas, e as novidades desta vez serão aceitas com mais facilidade.

A introdução alimentar agora fica por conta da gema do ovo cozida, queijinho branco ou ricota, e farináceos como pão e macarrãozinho. E os novos alimentos continuam... gradualmente, serão introduzidos outros alimentos como o peixe (que contém muitas proteínas nobres, é de fácil digestão, rico em sais minerais úteis ao crescimento como ferro, fósforo e cálcio, e excelente fonte de vitaminas como A, D, B1 e B2); outros tipos de carne (além da carne de vaca, frango, vitela pode-se optar pelo peru ou coelho); outros tipos de grãos como feijão, lentilhas, ervilhas, grão-de-bico, etc (que contém ricas proteínas e são uma boa fonte de minerais como ferro e cálcio, e também de vitaminas); e também o iogurte tradicional (que é uma importante fonte de cálcio e contém os famosos lactobacilos que regularizam a flora intestinal); o tomate (até agora não inserido na dieta de seu filho por poder desencadear certas reações alérgicas). 

S.O.S. Alergia 

Quando se fala em iniciar o processo de alimentação em um bebê, muito se alerta quanto ao uso de alimentos com conservantes e aditivos em geral, ou ainda a não utilização das claras dos ovos nas refeições. Isso porque os primeiros anos de vida é o período no qual o organismo do bebê é mais exposto ao risco de uma sensibilidade alérgica.

A alergia é em prática uma reação exagerada do organismo quando em contato com certas substâncias (alimentos, pólem, ácaros, etc) que para a maioria das pessoas são totalmente inócuas.

No primeiro ano de vida, as manifestações alérgicas são principalmente de tipo alimentar, porque o aparelho gastrointestinal de um bebê de poucos meses ainda não desenvolveu os mecanismos de defesa, tornando-se mais vulnerável. Existem sempre os fatores hereditários que predispõem uma criança a ser alérgica, como também os fatores ambientais influenciam estas manifestações. Será o pediatra a indicar a melhor forma de iniciar a introdução alimentar principalmente nos casos de crianças com certa predisposição familiar a alergias.



_________________________________________________________________


Alimentação de 1 aos 2




- Na Mesa com a Família
 

Agora seu bebê já é dono da própria colher, toma a iniciativa e quer ele próprio levar o alimento à boca. Escolhe os alimentos que gosta e despreza aqueles que não são de seu agrado. E começa a experimentar sempre novos sabores e consistências. Porém mesmo depois do primeiro ano é ainda necessário certos cuidados na escolha dos alimentos, evitando aqueles que apresentem risco de alergias. Agora é chegada a hora do exemplo... ele seguirá os hábitos alimentares de seus pais, e se todos à mesa comem verduras e legumes, por exemplo, ele também o fará. 

Como Muda a sua Alimentação 

Passado o primeiro aniversário fica concluída a fase inicial de aprendizado de novos gostos e sabores, e o bebê agora conhece praticamente todos os grupos alimentares. Esta nova fase pode-se chamar de aperfeiçoamento, durante a qual são consolidados os bons e saudáveis hábitos alimentares, sinônimos de bem estar e prevenção. 

Refeições regulares:

É hora de estabelecer horários regulares para as 4 ou 5 refeições diárias, ou seja, café-da-manhã, almoço, lanche e jantar e o leite antes de dormir. Tente evitar que seu filho coma fora do horário, as famosas "boquinhas"... principalmente de doces e merendas. Isso faz com que seu filho tenha menos fome na hora da refeição, podendo também atrapalhar o processo digestivo da refeição anterior. Se seu filho sente fome no período entre as refeições, reveja o cardápio, reequilibrando as refeições principais e acrescentando ao café-da-manhã e lanche-da-tarde alimentos gostosos e divertidos sem esquecer o valor nutritivo, como iogurtes, bolachas e bolos caseiros, sucos de fruta, etc. 

Subdivida os pratos: 

Ao invés de fazer uma grande "papa", ofereça a seu filho porções separadas de arroz ou macarrão, de verduras ou legumes, de carne ou peixe... Pode acontecer que seu filho comece a recusar obstinadamente certos alimentos... agora ele está criando seu próprio gosto alimentar, e devemos respeitar... Quem de nós não tem verdadeiro pavor de certos alimentos a ponto de torcermos o rosto em sinal de repulsa? 

Varie sempre os alimentos: 

A monotonia é inimiga do bom apetite e da boa saúde... Nenhum alimento é "completo" a ponto de satisfazer todas as diversas exigências do organismo. E para facilitar uma boa combinação de alimentos que ofereçam todas as substâncias nutritivas, lembre-se sempre de escolher um item de cada um dos grupos alimentares: verduras, legumes, frutas, cereais, carnes e peixes, laticínios.




0 Comentários:

Postar um comentário